Talvez o mais impressionante deste continente sejam os contrastes, de floresta tropical húmida, pampas desérticas e extensões frias desoladas e ventosas ... Nenhum continente sofreu alterações tão drásticas na sua fauna como a América do Sul. Este facto deve-se à tectónica de placas, que a fez derivar para longe do seu parceiro original - África - para a unir à América do Norte. Durante os períodos em que estava associado a outras massas de terra adquiria os animais que daí migravam, quando se isolava, a sua nova fauna tinha oportunidade de evoluir e diversificar-se. Este continente permaneceu isolado até há cerca de 200 milhões de anos, e continha tanto animais marsupiais como placentários primitivos. A maior parte desta fauna particular extinguiu-se após a ligação com a América do Norte, com a formação do istmo do Panamá. Esta união permitiu aos placentários mais evoluídos entrar no continente vindos do norte, e da sua enorme vantagem competitiva em relação aos nativos resulta que apenas os papa-formigas, tatus, preguiças, macacos do Novo Mundo e gambás restam, como testemunhos dessa época. Pelo contrário, os únicos animais do sul que colonizaram com sucesso a América do Norte foram os opossuns, os tatus e os papa-formigas. A fauna avícola continua, no entanto, a ser a mais rica do mundo, com mais de 700 espécies únicas. Até há cerca de 2 milhões de anos houve uma transição gradual entre a fauna norte e sul americana mas com a elevação do planalto mexicano formou-se uma barreira acentuada entre os dois ambientes, reforçada pelas glaciações que cobriram o norte durante esse período. Outra importante alteração neste continente foi o clima: a elevação dos Andes impediu que os ventos húmidos vindos do Pacífico atinjam o resto do continente, o que levou ao desaparecimento de parte da floresta tropical que o cobria no Terciário Inferior. Em seu lugar surgiram as pampas e estepes frias e com reduzido coberto vegetal. Para conhecer melhor os belos selvagens deste continente clique nas ligações ao lado. |
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